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FIDC: saiba o que é, como funciona e a sua relação com a tokenização!

calendar_month 04/11/2021

Se você está inserido no mundo dos investimentos ou quer começar a dar os primeiros passos, já deve ter encontrado no caminho o termo FIDC.

Para sanar as suas dúvidas, preparamos este artigo com tudo o que você precisa saber sobre FIDC. Boa leitura!

O que é e como funciona o FIDC?

FIDC é a sigla para Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Explicando de forma bem simples, esse fundo funciona como uma união de diversos investidores que têm os mesmos objetivos e unem seus recursos em um investimento que seja comum a todos.

Por se tratar de uma remuneração baseada em uma taxa pré-definida, o FIDC é considerado um tipo de investimento em renda fixa.

De acordo com a legislação, 50% do patrimônio líquido do fundo precisa ser aplicado em direitos creditórios, ou seja, créditos que as empresas têm a receber.

Por exemplo: imagine que uma empresa venda um produto parcelado para o consumidor através de um cartão de crédito. As parcelas que serão pagas podem ser vendidas para um FIDC na forma de direitos creditórios.

Desta forma, a empresa pode antecipar o recebimento dos recursos em troca de uma taxa de desconto. Essa taxa, por outro lado, se transforma em rendimento para os investidores do fundo.

Colocando tudo na prática, quando você investe em um FIDC, adianta esses recebíveis para a empresa e irá receber o valor investido corrigido por uma taxa de juros. Ou seja, você terá lucro quando investir nesse fundo.

Existem dois tipos de FIDC, o aberto e o fechado, além de, também, possuir prazos de duração determinados ou indeterminados.

  • FIDC aberto: nessa modalidade, os investidores podem resgatar o dinheiro a qualquer momento, desde que respeitem as regras de liquidez do fundo. O prazo de duração do fundo aberto normalmente é indeterminado;
  • FIDC fechado: nessa modalidade, as cotas só podem ser resgatadas no momento em que o prazo de duração do fundo se encerrar, de acordo com o regulamento do fundo.

Qualquer tipo de FIDC possui seu regulamento que determina, entre outras coisas, a política de investimento do fundo e as características de atuação, como os riscos de crédito, de mercado e outros tipos de riscos, os critérios de composição e diversificação da carteira, o segmento de atuação do fundo e muito mais.

Quem pode investir nesse fundo?

O FIDC costuma ser oferecido para investidores experientes, que são conhecidos como investidores qualificados. Mas quem são eles?

  • Investidores classificados como profissionais;
  • Investidores com certificação da CVM para registro de agentes autônomos, consultores de valores mobiliários, analistas ou administradores de carteira;
  • Clubes de investimentos que sejam geridos por investidores qualificados;
  • Pessoa física ou jurídica com investimentos de valor superior a R$ 1 milhão, comprovados por termo assinado.

Quais as vantagens do FIDC?

A possibilidade de ter um retorno maior que em outras aplicações de renda fixa é uma das principais vantagens do FIDC. Os investidores contam com a possibilidade de negociar o FIDC no mercado secundário também.

Além disso, outro destaque do FIDC é a atuação de um gestor profissional, que é autorizado pela CVM e faz a administração do patrimônio do fundo. E os FIDCs também são categorizados por agências classificadoras de riscos. Assim, o investidor estará ciente de todos os riscos que o investimento pode ter. 

Sim, como qualquer tipo de investimento, o FIDC também conta com riscos, que podem ser maiores do que em outras aplicações, como o CDB e o Tesouro Direto, por exemplo. Além disso, algo a se atentar sobre o FIDC é o fato de ele não ter proteção do Fundo Garantidor de Créditos e, por enquanto, ser restrito a investidores qualificados, com o valor mínimo de aplicação começando em R$ 25 mil.

O FIDC é uma opção caso você queria diversificar sua carteira de investimentos. Entretanto, o fundo ainda é bem restrito a investidores que já são qualificados. Dessa forma, vale a pena buscar outros tipos de investimentos que caibam nas suas possibilidades e perfil de investidor, como os tokens, por exemplo.

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