
Investimentos atrelados ao CDI: como funcionam e qual escolher entre pós ou pré-fixado?
calendar_month 17/03/2025
Os investimentos atrelados ao CDI são amplamente utilizados por investidores que buscam segurança e previsibilidade na rentabilidade.
No mercado financeiro brasileiro, é comum encontrar aplicações que prometem CDI + algum percentual, mas você sabe exatamente o que isso significa?
Se você quer entender como funcionam esses investimentos, como são calculados os rendimentos e quais as diferenças entre os variados tipos ofertados, este artigo é para você!
Vamos juntos descomplicar mais um tema?
O que é CDI e por que ele é importante para os investimentos?
O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa de referência do mercado financeiro brasileiro, que reflete o custo médio das operações de empréstimos entre bancos.
Como essas operações acontecem diariamente, a taxa CDI acompanha de perto a Taxa Selic, sendo um indicador essencial para a remuneração de diversos produtos financeiros.
Investimentos atrelados ao CDI utilizam essa taxa como referência para calcular a rentabilidade, funcionando de forma semelhante a um empréstimo feito ao banco. Em troca, o investidor recebe uma remuneração proporcional ao CDI.
Um exemplo prático: se um investimento promete 100% do CDI e a taxa CDI está em 10% ao ano, a rentabilidade anual será de 10%.
Caso o investimento ofereça 120% do CDI, o retorno será de 12% ao ano.
Como funcionam os investimentos atrelados ao CDI?
Quando um produto financeiro indica que seu rendimento é CDI + X%, isso significa que ele pagará uma rentabilidade superior ao CDI.
Esse tipo de investimento geralmente aparece em títulos privados de renda fixa, como CDBs, LCIs, LCAs e debêntures, entre outros.
Essa rentabilidade pode ser de dois tipos:
Pós-fixada: O rendimento acompanha a variação do CDI ao longo do período do investimento. Se a taxa CDI subir, o rendimento aumenta. Se cair, o retorno também diminui.
Pré-fixada: Nesse caso, o investimento oferece um percentual adicional fixo sobre o CDI, garantindo uma rentabilidade mínima independentemente da variação do índice.
A escolha entre um investimento pós ou pré-fixado depende do cenário econômico e do perfil do investidor.
Pós-fixados x Pré-fixados atrelados ao CDI: qual escolher?
Cada tipo de investimento possui suas vantagens e desvantagens. Confira as principais diferenças entre eles:
Investimentos Pós-fixados (Ex: 110% do CDI)
Rentabilidade acompanha as oscilações do CDI
Proteção contra quedas na taxa de juros, pois sempre acompanha o mercado
Ideal para cenários de alta ou estabilidade da Selic
Incerteza sobre a rentabilidade final
Pode ter rendimento menor em momentos de queda da taxa CDI
Investimentos Pré-fixados (Ex: CDI + 2%)
Maior previsibilidade sobre os rendimentos
Pode ser vantajoso em períodos de queda da taxa Selic
Indicado para quem quer garantir um retorno mínimo
Pode render menos que os pós-fixados se a Selic subir
Exige um bom planejamento antes da aplicação
A escolha ideal depende do momento econômico e da estratégia do investidor.
Se o cenário indica alta nos juros, um pós-fixado pode ser mais vantajoso. Já se a previsão é de queda, um pré-fixado pode garantir um bom retorno antes da redução da taxa.
Como é calculada uma taxa pré-fixada de CDI + %?
Os investimentos pré-fixados atrelados ao CDI seguem uma fórmula específica para determinar a rentabilidade.
A fórmula para calcular a taxa final de rentabilidade anual nesses casos é:
Taxa Final = (1+CDI)×(1+Spread)−1
Onde:
- CDI é a taxa de referência anual no momento da emissão do investimento.
- Spread é o percentual adicional fixo prometido pelo investimento.
Vamos a um exemplo prático:
Imagine um investimento que oferece CDI + 7% ao ano, sendo que, no momento da emissão, o CDI está em 10% ao ano. Aplicando a fórmula:
Taxa Final = (1+10%)×(1+7%)−1
Taxa Final = (1,10)×(1,07)−1
Taxa Final = 1,177−1
Taxa Final = 0,177 (ou 17,7% ao ano)
O modelo pré-fixado garante previsibilidade ao investidor, pois, independentemente de variações futuras do CDI, a taxa de referência utilizada para cálculo da rentabilidade será sempre a mesma definida no momento da emissão do título.
Dessa forma, investimentos do tipo CDI + X% podem ser vantajosos em cenários de queda da taxa de juros, pois asseguram um retorno fixo acima do CDI pactuado no início.
Vantagens e desvantagens dos investimentos atrelados ao CDI
Vantagens:
Segurança: muitos investimentos são cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC)
Rentabilidade superior à poupança
Opções variadas para diferentes perfis de investidor
Facilidade de acesso e liquidez em alguns casos
Desvantagens:
Rentabilidade pode ser impactada pela queda da Selic
Alguns investimentos têm liquidez restrita, ou seja, não podem ser resgatados antes do vencimento sem prejuízo
Tributação do Imposto de Renda em alguns casos, reduzindo os ganhos líquidos
Como a blockchain e a tokenização podem transformar esses investimentos?
A tokenização de ativos está mudando o jogo no mercado financeiro, permitindo que investimentos atrelados ao CDI sejam fracionados e acessíveis a um número maior de investidores.
Através da blockchain, é possível comprar pequenas frações de ativos que antes exigiam altos valores mínimos, tornando o mercado mais democrático.
Além disso, tokens de renda fixa podem oferecer maior liquidez e transparência, permitindo negociações mais ágeis e seguras.
Para esses casos, o uso de oráculos traz as informações atualizadas do CDI para dentro da blockchain, tornando possível utilizar índices externos à rede, mas mantendo a segurança oferecida pelo funcionamento da infraestrutura.
Para empresários e investidores que buscam novas formas de captação e rentabilidade, essa inovação abre caminhos promissores.
Investimento atrelado ao CDI vale a pena? Entenda a melhor estratégia para você
Os investimentos atrelados ao CDI são alternativas sólidas para quem busca segurança, previsibilidade e rentabilidade superior à poupança.
A escolha entre pós-fixados e pré-fixados depende do cenário econômico e do perfil de risco do investidor.
Com o avanço da blockchain e da tokenização, o mercado de renda fixa pode se tornar ainda mais eficiente e acessível.
Portanto, fique atento às oportunidades e avalie sempre a melhor estratégia para diversificar seus investimentos e atingir seus objetivos financeiros!
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