Preço Unitário: o que é, como calcular o PU e por que ele importa nos investimentos

calendar_month 04/08/2025

Antes de decidir onde investir ou como captar recursos no mercado, é fundamental entender um conceito técnico que aparece em praticamente todas as operações estruturadas: o Preço Unitário (PU)

Esse indicador é usado para medir o valor de um título em determinado momento e, ao contrário do que pode parecer, não se limita ao universo de grandes instituições financeiras. 

Empresários que buscam crédito no mercado e investidores que avaliam alternativas de rentabilidade precisam compreender como o PU funciona, como é calculado e qual sua relevância prática no dia a dia das finanças.

Mais do que um simples número, o Preço Unitário é a base para calcular ganhos, perdas e até mesmo a atratividade de uma emissão. 

Ele ajuda a comparar ativos, precificar negociações e garantir que tanto emissores quanto investidores tenham clareza sobre os fluxos de uma operação

Entender esse conceito é essencial para avaliar riscos e oportunidades de forma mais consciente.

O que é o Preço Unitário (PU) e como ele funciona?

O Preço Unitário é o valor de referência de cada título de dívida ou investimento estruturado

Ele representa, em essência, quanto vale uma unidade do ativo em determinado momento. 

Essa unidade geralmente é expressa em valores padronizados, como 1.000 pontos ou 100 reais, o que facilita a comparação entre títulos distintos.

Em operações no mercado financeiro, o PU é utilizado para indicar o preço de negociação de títulos públicos, debêntures, notas comerciais e até mesmo tokens de investimento lastreados em ativos de crédito

Ele pode ser maior ou menor que o valor nominal inicial do título, dependendo de fatores como juros acumulados, desconto aplicado ou condições de mercado.

Quando o PU está acima de 1.000, por exemplo, isso significa que o título se valorizou em relação ao preço de emissão. 

Já quando está abaixo, indica que ele está sendo negociado com deságio, o que pode representar tanto uma oportunidade de compra quanto um sinal de maior risco percebido.

Na prática, o PU é o que permite calcular quanto o investidor vai receber em uma venda antecipada, qual será o custo de captação de uma empresa ou como será feita a marcação a mercado de uma carteira de investimentos.

Como o PU é calculado?

O cálculo do Preço Unitário depende do tipo de título e da metodologia aplicada, mas sempre leva em conta três fatores principais: valor nominal, taxa de juros e prazo.

De forma simplificada, o PU é calculado a partir do valor presente dos fluxos de caixa futuros que o título irá gerar. Isso inclui os pagamentos de juros periódicos e o valor de resgate na data de vencimento. 

Esses fluxos são descontados por uma taxa de mercado, que reflete o custo de oportunidade, o risco do emissor e as condições econômicas.

Nos títulos públicos federais, por exemplo, o Tesouro Nacional e o Banco Central publicam diariamente os preços unitários de referência, que são usados para dar liquidez e padronizar negociações. 

Já em operações estruturadas, como notas comerciais ou TIDC (Tokens de Investimento em Direitos Creditórios), o cálculo pode ser feito pelas securitizadoras ou plataformas emissoras, considerando a taxa acordada na emissão e as condições de remuneração.

O importante é entender que o PU não é fixo

Ele varia ao longo do tempo conforme as taxas de juros mudam, a inflação se altera ou as expectativas de risco do mercado evoluem. Por isso, acompanhar a evolução do preço unitário é fundamental tanto para investidores quanto para emissores.

O papel do PU para investidores

Para o investidor, o Preço Unitário funciona como um termômetro de rentabilidade e risco. Ele permite avaliar quanto vale um título em determinado momento e tomar decisões mais informadas sobre manter, vender ou comprar novos papéis.

Na renda fixa, por exemplo, se o PU de um título cai, o investidor pode comprar mais barato, aumentando seu potencial de retorno no vencimento. Se ele sobe, é possível vender com ganho antes do prazo final. Isso cria um mercado secundário mais dinâmico, em que oportunidades podem surgir mesmo em títulos originalmente emitidos com taxas fixas.

Outro aspecto relevante é a marcação a mercado. Fundos de investimento e carteiras administradas precisam atualizar diariamente o valor de seus ativos com base no PU publicado. 

Essa atualização garante mais transparência para os investidores e reflete de forma justa a realidade de cada título.

No caso de ativos tokenizados, como recebíveis digitais ou notas comerciais em blockchain, o PU pode ser atualizado automaticamente por meio de smart contracts, garantindo precisão e eliminando riscos de manipulação

Esse é um avanço significativo para quem busca segurança e clareza nos investimentos.

O papel do PU para quem capta recursos

Do lado de quem busca captar recursos, o Preço Unitário é uma referência obrigatória. Ele define o custo efetivo da operação e impacta diretamente a atratividade da emissão.

Quando o PU inicial é definido na casa dos 1.000 pontos, por exemplo, a empresa consegue estruturar os pagamentos de forma previsível e comunicar ao mercado de maneira padronizada. 

À medida que a operação evolui, o comportamento do PU passa a refletir o apetite dos investidores e a percepção de risco em relação ao emissor.

Se o PU cai no mercado secundário, pode ser sinal de que os investidores exigem maior retorno para assumir aquele risco. Isso significa que novas emissões podem precisar pagar taxas mais altas

Já se o PU se mantém estável ou sobe, a empresa consegue captar com custo reduzido, pois há confiança e demanda pelos seus títulos.

Assim, entender e acompanhar o PU não é apenas uma preocupação de investidores

Para empresários e emissores, ele é um indicativo de mercado e um guia sobre quais ajustes podem ser necessários para tornar a operação mais competitiva.

PU, rentabilidade e decisões estratégicas

O impacto do Preço Unitário vai além do cálculo individual de títulos. Ele influencia decisões estratégicas de alocação, estruturação e diversificação.

Para o investidor, o PU ajuda a comparar alternativas de forma padronizada, seja entre títulos públicos, debêntures privadas ou tokens lastreados em crédito. Isso permite equilibrar risco e retorno de maneira mais racional.

Para o emissor, o PU é um sinalizador de confiança. Um título que mantém preço unitário elevado transmite solidez ao mercado, enquanto um ativo com PU em queda exige transparência e eventuais reforços de estrutura, como garantias adicionais ou prazos mais flexíveis.

Com a evolução da tokenização e da digitalização dos ativos, o Preço Unitário ganha ainda mais relevância. Ele pode ser atualizado em tempo real, refletindo automaticamente as condições de mercado e aumentando a eficiência do processo de tomada de decisão.

Entender sua lógica, acompanhar sua variação e usar essas informações como guia é o que diferencia quem aproveita boas oportunidades de quem fica exposto a riscos desnecessários.

O Preço Unitário como guia de decisões inteligentes

O Preço Unitário não é apenas um indicador técnico. Ele é uma ferramenta estratégica para investidores e emissores que querem tomar decisões mais inteligentes.

Para quem investe, o PU mostra se é hora de comprar, vender ou manter uma posição. Para quem capta, revela como o mercado enxerga sua operação e qual é o custo real do capital.

Ignorar o PU é abrir mão de um dos principais instrumentos de avaliação financeira disponíveis. 

Entender sua dinâmica é essencial para construir portfólios mais sólidos, estruturar operações mais atrativas e, em última instância, maximizar resultados tanto de investimentos quanto de captações.

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